terça-feira, 30 de setembro de 2014

SAUDADES


Saudade palavra rara e única

A existir somente

Em nossa fina e última flor do Lácio

Boa de se sentir quando ainda posso te rever

E saciar minha sede em teus beijos

Podendo te afagar e te acarinhar

Quando ela Saudade retornar

E assim por ti zelar igual e com o mesmo carinho

Que damos ao nosso meigo e lindo gatinho

Pior é quando sentir saudade

É somente uma fonte de infinita tristeza

Um chorar sem fim

Castigo de imortais deuses pagãos

Que insistem a existir e rir nós pobres mortais

O Destino sendo o mais poderoso de todos

Sendo capaz de até ao próprio Zeus enfrentar

Parceria cruel fez com o eterno e perverso Cronos

Tempo que surge às vezes com o intuito de nos mastigar

Invejando a felicidade de nós pobres humanos

Porém fui salvo desta dor dilacerante e infernal

Ao ver minhas preces e orações ouvidas e atendidas

Por Zeus o pai de todos os deuses

E Hermes seu amado filho e para mim fraterno e protetor irmão

Intervieram por mim  e  agora estou por sentir

Uma doce e feliz saudade

Mel quase sabor de ambrosia

Um mel a extirpar o amargor de uma cruel saudade

E um colírio para me aliviar

De um longo sofrer e agora finito chorar.

 

 

 

João do Gueto

 

 

 

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