Saudade palavra rara
e única
A existir somente
Em nossa fina e
última flor do Lácio
Boa de se sentir
quando ainda posso te rever
E saciar minha sede
em teus beijos
Podendo te afagar e
te acarinhar
Quando ela Saudade retornar
E assim por ti zelar
igual e com o mesmo carinho
Que damos ao nosso
meigo e lindo gatinho
Pior é quando sentir
saudade
É somente uma fonte
de infinita tristeza
Um chorar sem fim
Castigo de imortais
deuses pagãos
Que insistem a
existir e rir nós pobres mortais
O Destino sendo o
mais poderoso de todos
Sendo capaz de até ao
próprio Zeus enfrentar
Parceria cruel fez
com o eterno e perverso Cronos
Tempo que surge às
vezes com o intuito de nos mastigar
Invejando a
felicidade de nós pobres humanos
Porém fui salvo desta
dor dilacerante e infernal
Ao ver minhas preces
e orações ouvidas e atendidas
Por Zeus o pai de
todos os deuses
E Hermes seu amado
filho e para mim fraterno e protetor irmão
Intervieram por
mim e
agora estou por sentir
Uma doce e feliz
saudade
Mel quase sabor de
ambrosia
Um mel a extirpar o
amargor de uma cruel saudade
E um colírio para me
aliviar
De um longo sofrer e
agora finito chorar.
João do Gueto
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