terça-feira, 30 de setembro de 2014

CINCO



Marina me desculpe
Muito sinto
Mas faltam apenas
Cinco
 Poucos dias
Para perder
A primeira
E também
Começar segunda
Também perder

Marina me desculpe
Sinto muito
Mas agora
Estou a sorrir
E você logo
A chorar
E faltam apenas
Cinco
Poucos dias
Para minha presidenta
Dilma Roussef
Só sorrir
E assim começar
A comemorar.
Marina me desculpe
Sinto muito.

João do Gueto

Minha amada e distante estrela


ISHITAR MINHA LINDA ESTRELA

 

Desde menino te via no céu

Sempre a te admirar

 e de olhos abertos

 a sonhar

e em pensamentos

de um pobre menino

pensava assim

Quem sabe um dia

Em um anjo ou

Louco e apaixonado poeta

Possa você minha estrela

 me transformar

Só para  te ver

Um pouco mais perto

e em versos e rimas

 Contigo falar

Pois uma deusa

De pura luz e beleza

Em mim nem repara

E deus quem sabe

 Possa eu

por só segundo apenas

 fazer-me notar

e de repente

não mais que

de repente

em minha janela

em meu particular

e imaginário céu

Veio em meus sonhos

Me ver

E em minha cama

Se deitou

E nos meus braços

Se aqueceu

E eu

Ao acordar

Ainda seu cheiro senti

Sem saber

Se o que aconteceu

Foi maravilhoso sonho

Ou Deus

Ouviu minhas preces

E o meu coração

E por uma só noite

Em um anjo me transformou

E de mim

Um simples

E sonhador menino

 se apiedou.

 

 

 

 

João do Gueto

 

SAUDADES


Saudade palavra rara e única

A existir somente

Em nossa fina e última flor do Lácio

Boa de se sentir quando ainda posso te rever

E saciar minha sede em teus beijos

Podendo te afagar e te acarinhar

Quando ela Saudade retornar

E assim por ti zelar igual e com o mesmo carinho

Que damos ao nosso meigo e lindo gatinho

Pior é quando sentir saudade

É somente uma fonte de infinita tristeza

Um chorar sem fim

Castigo de imortais deuses pagãos

Que insistem a existir e rir nós pobres mortais

O Destino sendo o mais poderoso de todos

Sendo capaz de até ao próprio Zeus enfrentar

Parceria cruel fez com o eterno e perverso Cronos

Tempo que surge às vezes com o intuito de nos mastigar

Invejando a felicidade de nós pobres humanos

Porém fui salvo desta dor dilacerante e infernal

Ao ver minhas preces e orações ouvidas e atendidas

Por Zeus o pai de todos os deuses

E Hermes seu amado filho e para mim fraterno e protetor irmão

Intervieram por mim  e  agora estou por sentir

Uma doce e feliz saudade

Mel quase sabor de ambrosia

Um mel a extirpar o amargor de uma cruel saudade

E um colírio para me aliviar

De um longo sofrer e agora finito chorar.

 

 

 

João do Gueto

 

 

 

sábado, 27 de setembro de 2014

Meu barão, meu rei...


Se eu fosse da Bahia

Terra de meu avo

Preto veio

Da nação nagô

Assim dirá agora e

Aqui:

Ao meu amigo e velho

Jovem camarada

EDUARDO SUPLICY

Meu barão

Meu rei

Meu irmão

Tu deverias ser

Nosso senador

Vitalício

Para evitar

O repetitivo

Exercício

De te eleger

De novo.

Meu barão

Meu rei

Sempre votei

Em ti

E assim desta

Vez

Não te faltarei

Meu brô

Meu barão

 Meu rei

 

João do Gueto

flores do Bem



Tua pose
Seria como se
Fosse
Acontecer em algum lugar no futuro
Que nunca chegará a existir
Estava enraizada em minhas lembranças
Mais profundas
Despertada por aromas
De flores de eucalipto
Todos cortados
Cheiros
Inexistentes
Mas ainda vivos
Na minha mais remota memória.

O mito da caverna



Como se fosse II

A visão é talvez o único sentido
Que pode nos iludir
O que parece ser
Talvez não seja
O que acreditamos enxergar
Na maioria das vezes
Nos põe a enganar
Precisamos ver com o coração
Sentirmos o cheiro doce da realidade
Fechando os olhos
Surge a mais profunda iluminação
Que provem do fundo da alma
E acreditarmos somente o que nos diz
Nossa mais pura emoção.

Carnaval em Belô



Carnaval em Belô
Fantasia mineira em ruas vazias
Folia na busca da felicidade mineira
Misto pão com queijo e cachaça
Ladeiras e subidas metrificadas
Palácios antigos encobertos por arranha céus
Meu horizonte é belo
Meus poemas sem métricas
Minhas rimas são sem estilo algum
Mas meu amor é único e sincero
Chove nas ladeiras de minas
Mas permaneço com a fé de um tropeiro
Que não se intimida com a poeira e a estrada
Real é meu sentimento
Que sai de Vila Rica e chega ao litoral
Parati é o fim da jornada
De uma estrada que percorre minhas veias
E desemboca no estuário de meus sentimentos
Parto de Minas com um trem doido
Em busca do mar
E da esperança deste povo
Que vive a sonhar com a Liberdade
Mesmo que tarde.


Meu maior dos rios: ou melhor Tio Nilo




Ao meu Tio Nilo

Tens um nome de um rio que já foi para os gregos a pérola do Egito.
O maior em extensão do mundo
Nasce nas montanhas da Síria
E atravessa a África e seus desertos
Berço da civilização egípcia
E em suas águas quase sempre azuis
Guarda a memória de mais de 4000 anos
Contarei a tua história meu tio Nilo
Para sempre preservá-lo vivo em nossas memórias
Quando criança e menino e teu sobrinho
Foste um dia meu herói e para mim o homem mais importante
Quase que um gigante a me surgir em sua nave espacial
Meu primeiro carro a que tive acesso e pude até passear
Um Gordine Cinza e novinha em folha
Se o meu pai o tinha como grande
Imagine para mim se era um não um gigante
Espero que não seja este relato
Um a homenagem póstuma
E por isso espero que ainda
Não seja a sua hora e que tal poesia
Perca o sentido.
E assim mais uma vez poderei afirmar:
Não morreu agora e nem morrerá jamais.

Marcos Aurelio

assim como o azul do mar


A vida pode ser comparada a esta imagem:

O homem o barco

O mar azul

A vida

Que pode ser longa ou curta

E às vezes interrompida

Assim inesperadamente

Por novos ventos e inesperados momentos

Tormentos meus

E eu quase que não mais os agüento

 

Mas Insisto

Prossigo

Tento

E na ausência de correntes ou ventos

Remo e persisto

Navego contra poderosas correntes

Remando só com meus braços

Mas inspirado por nosso doce amor

A navegar para sempre

Em teus seios e beijos

Para aportar enfim

Em teu negro corpo

E me deitar

Descansando em teu suave porto

Seus mais seguros abraços.

 

João do Gueto

 

 

LONG BEACH


Praia Grande II

 

Longa é a praia

Como os cabelos da minha mãe

Janaína ou Iemanjá

Branca ainda são suas areias

Igualmente a pele

E a face de minha linda sereia

Os homens outrora

Tupinambás

Eram ainda maiores

Gigantes e guerreiros

A adorarem sua deusa Lua

Jaci

Olhando para ela

E decifrando seus segredos

Hoje a praia ainda é imensa

Mas os homens se tornaram

Pequenos e tristes

Já não cantam para a sua sereia da praia

E muito menos se enamoram

Da linda e brilhante Lua

Pois escravos se tornaram

De seus celulares e TVs

E não mais conseguem ouvir

E muito menos enxergar

Nem Jaci

E muito menos Janaína

Deusa do mar

Nem Jaci

E muito menos Janaína

Deusa do mar

 

João do Gueto

LONGA É A PRAIA


Praia Grande II

 

Longa é a praia

Como os cabelos da minha mãe

Janaína ou Iemanjá

Branca ainda são suas areias

Igualmente a pele

E a face de minha linda sereia

Os homens outrora

Tupinambás

Eram ainda maiores

Gigantes e guerreiros

A adorarem sua deusa Lua

Jaci

Olhando para ela

E decifrando seus segredos

Hoje a praia ainda é imensa

Mas os homens se tornaram

Pequenos e tristes

Já não cantam para a sua sereia da praia

E muito menos se enamoram

Da linda e brilhante Lua

Pois escravos se tornaram

De seus celulares e TVs

E não mais conseguem ouvir

E muito menos enxergar

Nem Jaci

E muito menos Janaína

Deusa do mar

Nem Jaci

E muito menos Janaína

Deusa do mar

 

João do Gueto

Vou voando para o Guaraú


Para o Guaraú eu

Nas asas do vento

Correndo quase voando

Como um padre voador

Abarebebê

Estava ao mesmo tempo em vários lugares

Diz a lenda em Peruíbe

Padre missionário e excelente farsante

Corria mais do que o vento

Como um anjo missionário

Ou um mago a enfeitiçar

Ambos ao mesmo tempo

Jesuíta padre e missionário

Demônio de asas negras pronto e sempre a enganar

Assustando inocentes índios

E roubando suas almas para a Santa Madre Igreja

Abarebebê voando de Peruíbe até Guaráu.

 

João do Gueto

 

ODISSEU SOU EU


Desejar ser casto

Mas só conseguir

Ser arrogante e devasso

Querer ter novamente a pureza e a inocência de uma criança

E só conseguir ganância e arrogância

Desejar amar de novo

E ter a felicidade como resultado deste tanto correr atrás

Mas a lógica desta vez não se fez

Pois Um naufrágio certo e com hora marcada

 Fui capaz de até o destino enganar

Quando o amor prevalece

 A lógica se esmorece

Quando o vento sopra em minha direção contrária

Eu insisto e navego neste mar que é o seu amor

 Odisseu um bom e amigo meu

 E às vezes até sou eu

 Pois consegui retornar a minha Ítaca

Itaquera

Aos braços de minha helena

Que em terras tupi

É uma bela índia e bela morena

Que me esperou a tecer e a esperar

Seu guerreiro retornar

E viver este momento

Uma felicidade sem fim

Este tão belo e infinito amar;

 

João do Gueto

O MAR E O AR QUE EU RESPIRO


O mar e o ar que agora respiro e transpiro

Está de um azul tão intenso e puro

Que está quase a me fazer crer

Estar acordado e quase sonhando

Um sonho infinito e tão profundo

Capaz de a tudo inverter

Onde era céu mar é agora

Tão profundo e sereno é este imenso oceano

Capaz de a todos nós poder hipnotizar

Ausente agora estou de tormentas e tempestades

Sonhando sonho tranqüilo e sereno

E assim permaneço a me acalmar

Sorrindo quase chorando

Feliz e manso totalmente

Voltando novamente a crer

Ser possível ao mesmo tempo ser

Marinheiro errante e aventureiro

A procura desta onda perfeita que às vezes nos oferece a vida

Tão repleta de surpresas e mistérios

Todas elas desvendadas quando azul assim estou

E assim posso agora afirmar

Ser possível mais uma vez

Voltar a velejar e sempre navegar

Neste infinito e azul oceano

E deste nunca mais me ausentar

Amando e sobrevivendo mais uma vez

Depois de duros e intermináveis naufrágios.

Sem replay


Nunca devemos repetir algo que no passado não nos vingou

O destino por bem assim não o quis

E a solução para tudo está aqui em nosso concreto presente

Sendo melhor pensar somente no agora

Para não recordarmos o que nos foi amargo e cruel

Seguindo sempre em frente

Aprendendo com os nossos próprios erros

E sempre a buscar novas e melhores soluções

 Voltando nosso olhar e pensamento

 Em direção ao nosso velho ou jovem coração

E a sentir este tão belo e talvez único momento

Capaz de nos fazer querer

Sonhar este tão tranqüilo sonho

E assim saciar nossa fome

Com este nutritivo e saudável alimento

Na certa este esperado e desejado acontecer

Vestirá o seu mais belo e elegante manto

Trajando roupas púrpuras bordadas com os mais belos brilhantes

E bolsos repletos de diamantes e alegrias

A nos fazer esquecer de velhas e inúteis lembranças

Transformando nossos velhos e cansados corpos

 Em belas e para sempre felizes crianças.

 

João do Gueto

 

 

Noturno de Outubro


Noturno de Outono

 

Buscar a felicidade

Em si mesmo

Dentro de o seu próprio ser.

Ser mais do que simplesmente ter

O senhor dos castelos já na mandam mais

Transformaram em simples poeira

Argila moldada por seus antigos servos

Castelos de areia

Antes as mais fortes fortalezas

Ruíram como sonhos que nos perturbam

Pois ao acordar

Sou o que penso

Faço dos meus pesadelos

A mais pura intuição

Concilio a razão e o sonhar

O equilibro o meu ritmo cardíaco

Com o meu mais suave respirar

Pulsando ao ritmo do Noturno de Frederico

Me torno cada vez mais rico

De mim mesmo

E visualizo meus sonhos

Sonorizados

Em techinocolor

Com um suave perfume de flor.

Sem dono e sem patrão


Nada o que possuo me pertence

A experiência da vida às vezes me parece um sonho

E viver ou sonhar pode ser faces da mesma moeda

Mas continuo vivendo quase sonhando

Às vezes sonhos bons

De vez em quando pesadelos perturbadores

E ai só acordar

Para usufruir, dividir ou doar

O tudo ou nada que finjo possuir.

 
João do Gueto

Feitiço do amor


Na Grécia antiga
 tu eras Circe

No Brasil atual
 e mais antigo que tudo

Meu amor se tornou vivo

Sem magia
 ou feitiço algum 

E seu nome é Dirce.

 

João do Gueto

Morrer pode ser renascer


Morrer ou viver

Tanto faz

Mas viver

E ser feliz

Ainda me apraz

São lados

 de uma mesma

e única moeda

De ouro

Latão

Ou prata

Não importa

Fecha-se esta porta

Abre-se

Outra

E sei que

Tudo o que é

Corpo

Carne

Um dia

Se desfará

E a mãe Terra

retornará

Mas sobra

Nossa sua essência

Alma

Espírito

No ar

A se misturar

Gasoso

E De novo

Poder voar.

 

João do Gueto

Coração rasgado.


Meu coração não é de papel

E antes que ele se rasgue

Exploda como um balão

Cheio de raiva e ao mesmo tempo

Quase vazio de um amor que já se foi

Quem irá partir e sem ao menos se despedir

Sou eu

Rei sem trono ou rainha

E que nunca soube dizer Adeus

Salomão um dia disse:

Palavra de Rei nunca volta atrás.

Fique com Deus e seja muito feliz.

Embora hoje estou arrependido

Do que eu disse

Do que hoje

Eu fiz.

 

João do Gueto

LUA DE JUNHO


Maomé ou Mallarmé

 

Às vezes é preciso terminar para compreender o eterno retorno.
Sentir a ausência e suportar o sono como um velho e safado monge indiano.

E respirar profundamente na busca de um equilíbrio
Na balança da ausência ou do total silêncio

Esquecer todos ou quaisquer pensamentos

Para atingir uma paz e sensual felicidade

Desacelera o pulsar do coração

Para iluminar a alma e prolongar o tesão

Adiar até o último minuto a ilusão do gozo

Para chegar a um estado de total extase

E sentir que o amor também é carnal

A união de dois um corpos em um só espirito.

 

E ai eis que me surge do nada uma questão difícil e inesperada vindo da alma ou quem do coração,

A me perguntar:


Como posso atingir um estado tão iluminado e a poder chegar ao Nirvana
Momento sublime e sagrado

Uma total união entre o corpo e a alma¿

Um século que cabe apenas em um segundo

Momento esperado e quase nunca alcançado

Desta nossa miserável, mas que também pode ser feliz.

Nossa curta e full gás existência humana
Para isso acontecer basta buscar a fé de um velho e comunista amigo meu

Poeta romantico espiritualista, mas um verdadeiro ateu.

Que esqueceu sua verdade puramente materialista e transformou a água em vinho

Como meu Jesus Cristo o maior e mais humildade de todos os anarquistas

O primeiro a constatar e no deserto pregar

 Um mundo sem patrão, propriedades e Imperios.

Através do retorno da verdade que está em nossas almas

De uma felicidade que reside nos corações

De todoa aqueles que amam

Tal um Dioníosio ou Bocage

Um Jesus menino

Azul e iluminado como Krisnina Muthi

 Zoroastro ou Lang Tsé

Meu profeta guerreiro Maomé

Um Buda nagô ou quem sabé

Meu amigo e para sempre poeta

 

João do Gueto

 

 

 

 

 

 

 

 

JARDIM ZOOLÓGICO


Vou-me embora desta cidade

Infelizmente desta vez não é para Passargada

Mas pertinho.

Nesta cidade embora lá não seja amigo do Rei

Estarei entre as pedras mais nobres e antigas

As igrejas de lá são quase eternas.

Acharei minha pousada na melhor de todas as Repúblicas.

Casarão de engenheiros meninos

Um Jardim Zoológico da mais fina e boa gente

Rapaziada batuta e inteligente

Casarão sobrado de loucos, filósofos e advogados

Este velho jovem e pobre professor

Em busca do seu justo e merecido descanso

Terá férias curtas que durará uma eternidade de dez dias.

 Irei dormir acordando por um antigo sino

Soando o mais afinado dos badalos

Ao ritmo suave e harmonioso do som Barroco

E acordando de noite para ir dormir de dia

 Ser feliz ao lado de uma linda dama

A perfurmar as manhãs

Com seu mais belo e doce sorriso

Me chamando para a vida

Despertando-me com seus doces beijos

Sabor do mais fresco e saboroso dos queijos.

 

 

 

João do Gueto

Sou fruto de ti Mulher.



HOMENAGEM A TODAS AS MULHERES PELO SEU DIA.

 

Hoje é o dia internacional da mulher

O oito de março na realidade deveria ser 365

Ou melhor, um dia que valesse por todo um ano

Homenageá-las o tempo inteiro

De janeiro a janeiro

Nós homens, adolescente ou meninos

Amigo, marido ou amante

Somos por vocês mulheres

Eternos enamorados e apaixonados

Pois sem a sua presença e carinho

Perdemos o rumo

Erramos os caminhos

E nos tornamos cegos e errantes

A vagar ao léu e sem direção nenhuma

A seguir desnorteado e despenteado

Tal qual um navio sem porto ou chegada.

Três estrelas no céu estão a me guiar

Constelação com nome de homem

Orion

E a brilhar tão intensamente

Em minha mente

Estas três estrelas são para mim

As mais belas de todas as Marias

Astros luminosos que me amam e me inspiram

Cada qual com sua luz própria

A sua própria maneira

E no céu do meu coração

Brilham a me trazer sorte e a mais pura alegria

E eternamente a brilhar e ser minha abençoada estrela guia

Surgem assim sem me avisar

Seja de noite, ou seja, de dia.

Minhas eternas namoradas

A quem chamamos de três Marias

Uma me ama como mãe

A outra me beija na boca e é a melhor e única amante

E a terceira é fruto de um intenso e radiante amor

Tão próxima e a mim ligada

Tal qual minha única e a mais bela filha

Ao contrário do que conta um livro sagrado

Nunca para mim serão castigo ou tentação

Mas sim origem da minha força

e sentido da minha existência

Fruto do pecado que me trouxe somente a felicidade

e a maior de todas as possíveis recompensas.

 

João do Gueto