sábado, 27 de setembro de 2014

MEU CAPITÃO



Meu Capitão
De nome Virgulino
E de apelido Lampião
Morreu na gruta da traição
E antes de partir
Assim disse:
“- Morro, mas não me entrego”
Pois sou aquele que manda em todo seco
E esquecido sertão
Um guerreiro assim tão valente
Cabra macho
Leão do Norte pernambucano
Afrouxou ao se apaixonar
Pela Maria, mas bela e tão Bonita
Mas sua força vinha daí
Coração apaixonado
Papo-amarelo na mão
E Maria sempre ao seu lado
 pegando em sua mão
e dona domadora
de tão besta fera
Sua arma era sim
Fuzil de guerra e dos bons
Não como as Krugguer
Metralhadora matadeira
Vinda dos alemão
Mas cantou e dançou ao luar
Antes de partir
E dançou, cantou
O mais forte e feliz dos homens
Pois tenho como seu céu
E mais quente cobertor
O mais lindo chão que é
O meu sertão
E na gruta da traição
Em Sergipe
Sem poder dar um tiro sequer
Mas valente acordou e assim gritou:

Morro mas não me entrego
E um dia eu volto
 voltarei
Com o chegar de um cometa
 quando houver justiça nesta terra
Para todos meus pobres cabras
Ou não, mas irmãos
Sem vingança ou sangue
Mas ainda de carabina
E papo-amarelo na mão
 De pé e assim dizendo
quase que morrendo:

eu não me entrego não!
e de papo-amarelo
e fuzil na mão
Meu Capitao
seu é Virgulino
Mas o apelido
É Lampião.


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