sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Aquarelas vermelhas

Aquarelas vermelhas
E no som rola
Aqualung na vitrola.

Janelas abertas
A espera de um passado
Experimentado intensamente.

Como Naqueles sábados
Em que nos amávamos com ardor
Quase que insanamente.

Hoje só lembrança
Mas ainda assim viva
E embalada como um lindo
E inesquecível presente.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Assim que rola

Meu projeto para o futuro
É pensado
Lógico
E raciocinado
Triangularmente
Equilátero
Perfeito.
Mas o que rola
O que realmente acontece
Surge assim de repente
Como um vento ao bater a porta
Sem plano
Assim mesmo
Chegando de relance
A bagunçar nossas ideias
Mas inesperadamente
Dando a elas um novo sentido.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Velhos e antigos carnavais

Velhos e antigos carnavais
Em tempos idílicos
De uma juventude ancestral
Distante quase imemoriais.

Hoje apenas uma feliz e doce lembrança
De canto de galo matutino
E sombra fresca
De um velho e enraizado abacateiro.

Sim era um mês de fevereiro
Na mais velha de todas as minhas casas
Da querida e inesquecível avó Senhorinha
Zona Leste periferia de São Paulo
Bairro Cidade Patriarca.

Tinha um galinheiro
Único e primeiro
No fundo de um grande e espaçoso quintal.

Recordações de jovem e ainda menino
De bailes no RUVE na Vila Esperança
Onde conheci minha primeira namorada
Tal canta Adoniram Barbosa
Maria Cristina
Primeiro amor criança.

Lembranças do fundo do baú
De tempos idílicos
Em um antigo carnaval
Vivo em mim para todo o sempre
E em minha memoria imortal.