segunda-feira, 6 de outubro de 2014

FAVELAS AMARELAS EM MINHA FECHADA JANELA




RECURSOS INUMANOS


Há aqueles que enxergam o lixo

Outros que só se importam com o luxo.

Há os que buscam ajudarem

Outros que só mentem

 e exportam seus espiões.

Sendo estes talvez

Sua única

 e melhor solução.

A maldade está no ar.

Ou quem sabe

 Morando no último andar

 de em um condomínio pretensiosamente

 Chique. E cheio de chiliques

Histéricos e pequeno burguês

Como Freud explica

E por vezes se complica

Querem estes a serviço

Do Mal e de sua filha

Maldade

se esconderem

Em seus bunkers

Quase apartamentos

De Lixo

Se esconderem

 Da miséria e das favelas

Querendo não vê-las

Ou melhor, esconde lãs

Sem ver ou

 Ouvi-las

E sempre se negando

A enxergá-las e muito

Menos

Ajudá-las

Nadinha de nada

E quem sabe até

Pintá-las de verde e amarelo

Dourando o podre

E a pobreza

Mas sem nunca

Acabar com elas

Ou melhor

Urbanizá-las.

E erguendo muralhas

Intransponíveis

Assim solucionam

O problema

De todos os dias

Enxergá-las.

E ao ligarem seus

Smart fones ou TVs

Fingem que não existe

 o pobre e o miserável

E assim justificam sua

Egoísta e cruel cegueira

Mas elas estão aqui

 Para quem quiser crêr

E ou ao menos

Abrir seus olhos e corações

Para apenas

Algo fazer por elas

Pobre e tão imensas favelas

 Meu intuito

É gratuito

E quem sabe

Poder ajudar

o pior cego

de todos

 Aqueles que em seus

Apartamentos de cobertura

E lá em suas insanas

E egoísticas alturas

 Não aceitam

Ou melhor

Querem aceitar

Ou menos

Um pouquinho fazer


E os filhos do egoísmo e da maldade

Através de seus métodos escusos

E aparelhos de escuta e vigia

Ou ainda melhor

 Mandando seus serviçais

E funcionários

Do Departamento

Quase de desumanos

Detratarem o bem

Ao invés de simplesmente

De algo de bom fazer.


João do Gueto

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